terça-feira, 29 de março de 2011

O caminho da Pedra Bruta a Lapidação

Perdi meu Pai muito cedo, tinha apenas nove anos de idade, e minha mãe nunca mais se casou e nem tão pouco namorou., dedicou sua vida as duas filhas que gerou. Lembro que eu não aceitava e nem imaginava a hipótese dela ter um novo relacionamento, era algo impossível para mim....eu não queria dividi-la com ninguem. Porém cresci e fui viver minha vida, constituir uma nova familia, e minha mãe envelheceu sem ter um novo companheiro.
Eu não era cruel e nem tão pouco egoísta, e assim são as crianças de uma maneira geral. Elas conseguem expressar seus sentimentos como uma pedra bruta, são verdadeiras e intensas...mas nem sempre conseguimos entende-las, queremos que venham ao nosso mundo precocemente, mas somos nós quem precisamos entrar no mundo delas....esperamos  que a pedra bruta vire um brilhante logo... mas mesmo os especialistas afirmam que não existem dois diamantes iguais, será necessario conhece-las para poder lapida-las e assim dar a elas o brilho que esperamos ver.
Antes de julgarmos nossos filhos, precisamos lembrar que tivemos um dia a idade em que eles se encontram, e  sabemos quais são suas necessidades,  acima de tudo é preciso  respeita-las por suas diferenças  aprendendo com elas  também... buscando nessas crianças a arte do sentimento intenso, chorar,  sorrir ....porque sentem vontade, e amar pelo simples fato de amar...amar como aquela criança que vc foi um dia, mas com a sabedoria do adulto que vc é hoje....amar intensamente, mas sem ser egoista....
Bjos no coração de todos
Eu e meu amado neto Lucas

segunda-feira, 28 de março de 2011

Reflexão....

Sabe aquele dia...aquele dia em que vc. sabe que se tornou um divisor de águas? Então, nasci quando minha mãe tinha 40 anos, e essa diferença de idade entre nós fez com que ela tivesse um acúmulo grande de experiencias, e sempre relatou esses momentos vividos de uma maneira muito singela...mas profundamente forte em minha formação e crescimento espiritual. Porém como todo ser humano, em certa fase da minha vida, já casada e com filhos acabei deixando de lado alguns conceitos fundamentais sem que percebesse.
Certa tarde estava com minha mãe, e ela já em idade avançada e vários problemas de saúde os quais a impediam de andar,  apreciávamos da janela do oitavo andar de seu apartamento a chuva forte que caía lá fora, após alguns minutos de silencio, ela me olhou e disse: - Daria tudo nesse momento para poder estar andando nessa chuva, gostaria muito de sentir em minha pele seu toque novamente....Naquele momento passou um filme em minha mente ...em uma velocidade absurda, e  não consegui falar nada....já não lembrava o quanto era importante em nossas vidas o simples prazer de sentir a água da chuva...e minha mãe só queria isso, exatamente o que nunca deixou de valorizar, a grandeza da vida, o canto dos pássaros, o gosto da maçã, o calor do grande rei  Sol, o papo na mesa do café.....e a água  da chuva...Acabei me sentindo um grão de areia, logo eu que sempre levantei bandeiras contra essa loucura em que o sistema te envolve...logo eu... tinha esquecido do toque da água em minha pele. Fui  embora lembrando dos meus dezoito anos ....jurava manter minha vida focada na simplicidade..... porém não brincava mais com meu cachorro, e nem buscava mais a beleza e o perfume das flores....Respirei fundo e fiz desse momento um divisor de águas, precisava voltar a ser mais intensa....exatamente como minha mãe, que mesmo depois de perder a sua liberdade de ir e vir, não deixou que se perdesse a essencia da vida,  de enxergar o belo e sentir a falta do toque da agua da chuva em sua pele....
Bjos

terça-feira, 22 de março de 2011

Título? Hum...talvez uma carta aos pais...

Acredito que  uma das coisas mais fáceis para nós simples mortais seja educar os filhos dos outros, mas quando se trata dos nossos filhos a situação muda muito.
Nossa preocupação quando temos a tarefa de educar é errarmos o mínimo possível, mas confesso que não é nada facil.
Ouvimos muito nos dias de hoje a seguinte frase: A qualidade de nossa presença como pais é mais importante que a quantidade....aí temos a impressão que justificamos nossa ausencia e resolvemos todos os nossos problemas, pois hoje precisamos todos trabalhar e conciliar várias funções é complicado.
Porém, qual é essa qualidade a que nos referimos? Estamos mesmo fazendo nosso melhor? Estamos preparando nossos filhos para o mundo, mas quando falamos em mundo, precisamos fazer a nossa parte para que o mesmo seja melhor, e isso não é Utopia.
Temos uma responsabilidade muito grande como pais educadores, cabe a nós passarmos a eles desde pequenos os princípios básicos de educação e amor. Vemos a todo instante crianças que chutam cachorros, respondem de maneira inadequada aos mais velhos e, não suportam ouvir um Não, são criança sem  limites, mas elas crescem....e esse mundo sem limites a que elas foram apresentadas não perdoa, e esses filhos acabam virando  manchetes nos jornais e nós mais uma  vez nos chocamos, com jovens dirigindo embriagados, queimando indios, batendo em prostitutas e gays....
Queridos Pais, precisamos melhorar urgentemente nossas margens de acertos, a solução quem sabe seja simples e esteja dentro de nossas casas e principalmente dentro dos nossos corações, podemos ser pais legais sim, carinhosos também, companheiros (nosso dever), mas nunca OMISSOS, é nossa obrigação criar os filhos para a sociedade, e a mesma clama por pessoas de bem e do bem.
Bjo no coração de todos!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Boas Lembranças.....

Hoje estava lembrando de uma cena em que vivi em meus cinco anos de idade aproximadamente....estava deitada na cama de minha mãe com muita febre, deveria estar com alguma virose não lembro, e ela como sempre em um gesto de carinho, arrastou a sua velha maquina de costura ao lado da cama, juntou restos de tecidos e fez vários vestidinhos para minhas bonecas.
Lembro disso com riqueza de detalhes, porém a maior lembrança é de sentimento de amparo, segurança, dedicação e amor.....naquele dia, muitas brincadeiras ficaram estacionadas em um canto juntamente com os afazeres domesticos de mim mãe.
A tarde foi só nossa, e  muito intensa em relação a sentimentos. Tivemos outros dias assim no decorrer dos anos, mas aquele marcou muito... acredito que a partir daquele momento entendi o ato da doação. Sei que as mães em geral se doam desde nossa concepção, mas o legal é quando colocam isso no dia a dia dessa tarefa que tem o nome de maternidade, e sabem fazer jus a que foram presenteadas .....o milagre de gerar uma nova vida